A endometriose profunda é uma doença inflamatória que ocorre quando o endométrio, camada que reveste o interior do útero, está presente fora da cavidade uterina e penetra profundamente nos órgãos da região, lesionando-os.
Trata-se de uma doença grave, já que na endometriose profunda o tecido endometrial atinge uma área maior do órgão, sendo ainda mais espesso do que na endometriose comum, provocando dores intensas, fluxo sanguíneo exagerado e infertilidade.
O que é endometriose profunda?
O endométrio, camada que reveste internamente o útero, pode estar presente fora da cavidade uterina. Quando isso ocorre, o sistema imunológico, por razões tanto genéticas quanto ambientais, tenta atacar essas células, promovendo reações inflamatórias progressivas a cada ciclo menstrual.
Caso a área atingida por esse endométrio seja grande e profunda (mais de 5 mm para dentro), ocorre a endometriose profunda, disfunção que lesiona a capacidade produtiva do órgão.
Apesar de a medicina não conseguir definir a causa para endometriose profunda, verifica-se que há uma predisposição genética, uma vez que aparece com mais frequência entre mulheres da mesma família.
Uma das teorias estudadas para a origem da doença é que a endometriose profunda decorra de um processo chamado menstruação retrógrada, no qual parte do fluxo menstrual percorre as tubas uterinas em direção à cavidade pélvica. Isso faz com que algumas células do endométrio cheguem à região pélvica e se fixem próximo a ovários, tubas, ligamentos que sustentam o útero e os demais órgãos como intestino, trato urinário e até o diafragma, músculo que separa a cavidade abdominal do tórax.
No entanto, a menstruação retrógrada por si só não determina o aparecimento da endometriose profunda, precisando estar associada a alterações no sistema imunológico, o que altera a habilidade normal do organismo em reconhecer e combater as células endometriais.
Também é interessante destacar que substâncias presentes no meio ambiente podem favorecer a enfermidade. São os casos de alguns pesticidas, poluentes industriais e do bisfenol-A, produzido a partir do aquecimento do plástico BPA.
O problema compromete a fertilidade?
A presença da endometriose profunda dificulta a passagem do óvulo ou espermatozoide, podendo inclusive impedir a fecundação — seja por formar uma barreira ou por danificar o ovário a ponto de ele não conseguir liberar óvulos saudáveis. Ela também impossibilita que o endométrio fique adequado para receber o embrião, o que prejudica a sua fixação, impedindo a gravidez ou provocando um aborto.
Para que a gravidez aconteça, a endometriose profunda precisa ser tratada, por isso sempre que optar pela concepção, a paciente deve procurar por um especialista em reprodução humana ou em endometriose para fazer um tratamento que elimine os focos de inflamação.
Como é o tratamento?
Para diagnosticar a endometriose profunda, o médico pedirá exames de ressonância magnética e a ultrassonografia transvaginal, ambos com preparo intestinal prévio para melhor sensibilidade dos exames.
Por não existir cura, o médico vai controlar a doença a fim de que a paciente fique saudável. Para isso, geralmente são receitados medicamentos hormonais ou é recomendada a cirurgia para retirada dos pontos de endometriose profunda.
A abordagem cirúrgica deve ser realizada nas seguintes situações:
Falha da terapêutica hormonal para aliviar a dor;
Situações de intolerância e de contraindicações ao uso de determinados medicamentos;
Casos graves, muito sintomáticos, sem desejo de gravidez futura que querem uma alternativa ao uso de medicação por longo tempo;
Evidência de obstrução ou lesão grave de algum órgão.
É por meio da videolaparoscopia que os focos de endometriose profunda são retirados, um procedimento menos invasivo em que pequenas incisões são feitas no abdômen para inserir a câmera e instrumentos cirúrgicos. Após a extração dos focos, cauteriza-se o local. Nesse processo, pretende-se mexer o mínimo possível nos órgãos reprodutores a fim de não os danificar e impossibilitar uma maternidade futura.
Para aquelas mulheres que não pretendem engravidar, tanto os tecidos afetados quanto os órgãos (útero e ovários) podem ser retirados para eliminar a doença. Lembrando que esse procedimento só é efetuado quando a pessoa realmente não pretende ter uma gestação.
Após o tratamento adequado, são avaliadas as condições dos órgãos reprodutores e, se não estiverem comprometidos, pode-se tentar a gravidez normalmente, desde que com o acompanhamento do profissional.
No caso dos ovários ou úteros estarem prejudicados pela endometriose profunda, o mais recomendado normalmente é a gravidez por meio da reprodução assistida e o tratamento indicado é a fertilização in vitro.
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